<b>O CONVENCIMENTO JUDICIAL E OS PARÂMETROS DE CONTROLE SOBRE O JUÍZO DE FATO: VISÃO GERAL, DIREITO COMPARADO E O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL</b><br/>“THE JUDICIAL DISCRETION AND THE PARAMETERS OF CONTROL OVER THE FACT TRIER: OVERVIEW, COMPARATIVE LAW AND THE INTERNATIONAL CRIMINAL COURT”

Autores

  • Luís Felipe Schneider Kircher

DOI:

https://doi.org/10.22293/2179-507x.v10i20.692

Resumo

O presente trabalho trata sobre o convencimento judicial e as possibilidades de controle do juízo de fato no âmbito processual penal. Especialmente, busca-se apresentar de forma conceitual e prática os modelos de constatação (standards de prova) como forma de se viabilizar uma instrumentação (tendencialmente) efetiva de reavaliação da análise judicial acerca da suficiência do material probatório. Para isso, foi investigado o estado da arte do tema na doutrina e, no âmbito prático, como isso tem sido aplicado pelo Tribunal Penal Internacional em suas decisões. A escolha do TPI ocorreu porque naquele tribunal vem se debatendo (e aplicando) de forma (relativamente) consistente sobre os standards de prova. Já que esta matéria tem tido pouca atenção no Brasil, procurou-se a experiência internacional para chamar a atenção sobre a sua importância e fomentar o debate por aqui.

Referências

AMBOS, Kai. The First Judgment of International Criminal Court (Prosecutor v. Lubanga): A Comprehensive Analisis of Legal Issues. International Criminal Law Review 12, 2012, pp. 115-153.

ÁVILA, Humberto. Teoria dos Princípios: Da Definição à Aplicação dos Princípios Jurídicos. 17. ed. São Paulo: Malheiros, 2016.

BADARÓ, Gustavo Henrique. A utilização da hearsay witness na Corte Penal Internacional. Estudo sobre sua admissibilidade e valoração. Zeitschrift für Internationale Strafrechtsdogmatik, v. 04/2014, p. 177-188, 2014.

BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Curso de Processo Penal. 5ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017.

BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Ônus da Prova no Processo Penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.

G.; BISCHOFF, J.; REID, N..; TAYLOR III, B.. International Criminal Law Practitioner Library, Volume III: International Criminal Procedure. New York: Cambridge University Press, 2011.

CALAMANDREI, Piero. Il giudice e lo storico. Rivista di diritto processuale civile, XVII, Padova: CEDAM, 1939. pp. 105-128.

CRYER, R.; FRIEMAN, H.; DARRYL, R.; WILMSHURST, E.. An introduction to international criminal law and procedure. Cambridge: Cambridge Univeristy Press, Third Edition, 2014.

DALLANGNOL, Deltan Martinazzo As Lógicas das Provas no Processo: Prova Direita, Indícios e Presunções. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015.

FELDENS, Luciano. Direitos Fundamentais e Direito Penal – A Constituição Penal. 2ª ed., Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.

FERRER BELTRÁN, Jordi. La valoración racional de la prue-ba. Madri: Marcial Pons, 2007.

FERRER BELTRÁN, Jordi. Prueba y verdad en el derecho. 2ª ed. Madrid-Barcelona: Marcial Pons, 2005.

GARDNER, Thomas J., e ANDERSON, Terry M. Criminal Ev-idence: Principles and Cases. 8ª edição. Cengage Learning, Wadsworth, 2013.

GOMES FILHO, Antônio Magalhães. A motivação das decisões penais. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.

GRAU, Eros Roberto. Sobre a prestação jurisdicional direito penal. 1. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010.

JAPIASSU, Carlos Eduardo Adriano. Tribunal Penal Internaci-onal: A Internacionalização do Direito Penal. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2004.

HAACK, Susan. The Embedded Epistemologist: Dispatches from the Legal Front. Ratio Juris, vol. 25, nº 2, pp. 206-235, jun. 2012.

KLAMBERG, Mark, Evidence in International Criminal Trials: Confronting Legal Gaps and the Reconstruction of Disputed Events. Martinus Nijhoff Publishers, Leiden, 2013.

KNIJNIK, Danilo. A prova nos juízos cível, penal e tributário. Rio de Janeiro: Forense, 2007.

______________. Os standards do convencimento judicial: paradigmas para o seu possível controle. Revista Forense, Rio de Janeiro (353): 15-52, jan/fev/2001.

LAUDAN, Larry. Por qué um estandar de prueba subjetivo y ambíguo no es um estandar. DOXA: Cuadernos de Filosofia del Derecho. Alicante, nº 28. 2005.

LAUDAN, Larry. Truth, error and criminal law. An essay in legal epistemology. Cambridge: Cambridge university Press. 2006.

LOPES JÚNIOR, Aury. Direito processual penal. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

MORAES, Maurício Zanoide. Presunção de inocência no processo penal brasileiro: análise de sua estrutura normativa para elaboração legislativa e para a decisão judicial. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.

OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 21. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2017.

SAFFERRLING, Christoph. International Criminal Proce-dure. Oxford: Oxford Univeristy Press, 2012.

SCHWABE, Jurgen. Cinquenta anos de jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal Alemão. (coletânea original) – Organização e introdução: Leonardo Martins. Montevidéo, Konrad Adenauer Stiftung, 2005.

TARUFFO, Michele. A motivação da sentença civil. Tradução de Daniel Mitidiero, Rafael Abreu e Vitor de Paula Ramos. São Paulo: Marcial Pons

______________. La prueba. Tradução espanhola: Laura Manríquez e Jordi Ferrer Beltrán. Madri: Marcial Pons, 2008.

______________. Uma simples verdade: o juiz e a construção dos fatos. Tradução brasileira: Vitor de Paula Ramos. São Paulo: Marcial Pons, 2012.

TRIBE, Lawrence H. Trial by Mathematics: Precision and Ritual in the Legal Process. Harvard Law Review, vol. 84, 1971, pp. 1329-1393.

TROIS NETO, Paulo Canabarro. Eficiência persecutória, proteção da inocência e fixação judicial dos fatos no processo pena. In: HIROSE, Tadaaqui; BALTAZAR JR, José Paulo. (Org.). Curso Modular de Processo penal. Florianópolis: Conceito Editorial, EMAGIS, 2010, pp. 75-99.

VAZQUEZ, Carmen (coord.). Estandares de prueba y prueba cientifica, ensayos de epistemologia jurídica. Madrid: Marcial Pons, 2013.

WASSERSTROM, Richard A. The Judicial Decision: Toward a Theory of Legal Justification. Stanford: Stanford University Press, 1961.

WHITMAN, James Q.. The origins of reasonable doubt – Theological roots of the criminal trial. New Haven, London: Yale University Press. 2008.

Downloads

Publicado

2018-08-14

Como Citar

Kircher, L. F. S. (2018). <b>O CONVENCIMENTO JUDICIAL E OS PARÂMETROS DE CONTROLE SOBRE O JUÍZO DE FATO: VISÃO GERAL, DIREITO COMPARADO E O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL</b><br/>“THE JUDICIAL DISCRETION AND THE PARAMETERS OF CONTROL OVER THE FACT TRIER: OVERVIEW, COMPARATIVE LAW AND THE INTERNATIONAL CRIMINAL COURT”. Duc In Altum - Cadernos De Direito, 10(20). https://doi.org/10.22293/2179-507x.v10i20.692

Edição

Seção

ARTIGOS