TRADIÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NO TERCEIRO MUNDO? UMA CRÍTICA DA CRÍTICA

Autores

  • Anderson Santos da Silva Universidade de Brasília

Resumo

Nos últimos anos, diversos esforços têm sido feitos no sentido da inclusão da perspectiva dos povos do Terceiro Mundo nas historiografias dos direitos humanos. Dentre esses esforços, destaca-se a contribuição de José-Manuel Barreto, que sustenta a tese de que o Terceiro Mundo desenvolveu uma tradição própria de direitos humanos. Coloca-se, assim, o seguinte problema: quais as consequências da escolha da tradição como estratégia de narração da história dos direitos humanos no Terceiro Mundo? Dando ao problema uma abordagem qualitativa, à luz da contribuição teórica do historiador alemão Jörn Rüsen (sem prejuízo dos aportes construtivistas de tradição de Eric Hobsbawm e Javier Fernández Sebastián), o artigo conclui que, apesar da imprescindibilidade de estudos que lancem luzes ao passado de pensamento e lutas por direitos humanos no Terceiro Mundo, o recurso à tradição reproduz três problemas existentes na historiografia canônica dos direitos humanos: continuidades artificiais, anacronismos e baixo potencial crítico.

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Publicado

2024-04-29

Como Citar

Silva, A. S. da . (2024). TRADIÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NO TERCEIRO MUNDO? UMA CRÍTICA DA CRÍTICA. Duc In Altum - Cadernos De Direito, 15(37). Recuperado de https://revistas.faculdadedamas.edu.br/index.php/cihjur/article/view/2822