A GÊNESE DO COLONIALISMO PORTUGUÊS: RELIGIÃO, PODER E DIVISÃO DO MUNDO NO SÉCULO XVI, A INFLUÊNCIA DA IGREJA DE ROMA E DE TORDESILHAS E SARAGOÇA

Resumen

O colonialismo possibilitou a consolidação dos estados modernos, ao passo que partiam de sua recente constituição em Estado Nacionais soberanos unificados para maximizadores de interesses na escala internacional. A busca por novos mercados, por metais preciosos para abastecer suas reservas e novos territórios formou a base da política mercantilista que se caracteriza como a força motriz do colonialismo. Foi justamente através da corrida colonialista que o Reino de Portugal se tornou a primeira potência ultramarina da idade moderna. Apesar do pionerismo português, novos concorrentes à sua hegemonia surgiam. É justamente neste contexto que o presente trabalho se enquadra, obejtivando compreender a importância do colonialismo como um mecanismo de consolidação do império português no final do século XV e início do século XVI, a partir disso foi necessário verificar o contexto histórico, contemplando-se os tratados de Tordesilhas (1494) e Saragoça (1529), e refletindo acerca da base político-econômica vigente, da configuração de poder e do cenário internacional; bem como historicizar sobre o papel da Igreja Católica e da religião como mediadores na distribuição de poder; e por último relacionar o contexto histórico analisado com a teoria construtivista de Alexander Wendt, a partir da lógica de anarquia como construto social.