A CONSTITUIÇÃO COMO NARRATIVA FUNDADORA: REFLEXÕES SOBRE TEMPO E DIREITO

Autores

  • Ernane Salles da Costa Junior Universidade Federal de Ouro Preto

Resumo

O presente artigo investiga a dimensão temporal das Constituições a partir da leitura da teoria narrativa e política da obra de Paul Ricoeur. Para tanto, analisa-se, num primeiro momento, a relação entre tempo e narrativa. Feito isso, desenvolve-se o tema da identidade pessoal e política, em torno da fugacidade e dispersão temporal, com base nesses pressupostos narrativos. Na terceira parte, busca-se demonstrar que a Constituição funciona como uma narrativa fundadora que estabelece comprometimentos normativos de longo prazo a partir dos quais a história do direito pode seguir. Nesse momento, serão tecidas, ainda que sucintamente, críticas à “síndrome da pressa”, contida em propostas de reformas normativas desconstituintes tais como as que tem sido implementadas, desde o golpe parlamentar de 2016.

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Publicado

2024-04-16

Como Citar

Costa Junior, . E. S. da . (2024). A CONSTITUIÇÃO COMO NARRATIVA FUNDADORA: REFLEXÕES SOBRE TEMPO E DIREITO. Duc In Altum - Cadernos De Direito, 15(36). Recuperado de https://revistas.faculdadedamas.edu.br/index.php/cihjur/article/view/2718