AMAZÔNIA: PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE OU INTERESSE ECONÔMICO DAS GRANDES POTÊNCIAS?

Resumen

Nas últimas décadas a região amazônica foi alvo de intensa exploração dos seus recursosnaturais, apresentando altas taxas de desmatamento, vítima também da irresponsabilidade dopoder público nos assuntos relacionados às suas fronteiras e conviveu com um alto grau deviolência rural. Diante desse cenário predatório, países considerados desenvolvidos,destacando-se a Inglaterra e os Estados Unidos em parceria com a Organização das NaçõesUnidas, buscaram explorar a Amazônia, mantendo certo grau de controle e interferência naregião. Em 1946, foi criado o Instituto Internacional da Hileia Amazônica sob o patrocínio daOrganização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura que desencadeou umasérie de transtornos relacionados à questão da soberania nacional e que impulsionou ainserção das ideias de outros países no âmbito doméstico brasileiro de forma mais direta. Aforma de governar e administrar as fronteiras físicas e geopolíticas mostrou-se ineficaz,principalmente quando se tratava do monitoramento referente ao comportamento dos agentesque circulavam dentro do espaço institucional e territorial da região. Contudo, este trabalhoevidenciou que, na verdade, o Brasil, quando pressionado, criou projetos de defesa emanutenção das fronteiras e do território amazônico. O governo brasileiro apesar de manter asoberania no território, foi, em algumas situações, influenciado ou manipulado para finseconômicos e políticos por parte da sociedade internacional, muitas vezes, tirando, elemesmo, proveito destas situações. Fundamentado em pesquisa bibliográfica, este trabalho sepropôs a identificar quais os reais interesses na Amazônia por parte da sociedadeinternacional, analisar a questão da soberania do Brasil na Região Amazônica e evidenciarquais os padrões geopolíticos presentes na defesa do território amazônico.