CASOS DE INSUCESSO EM INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS BRASILEIRAS

CASES OF FAILURE IN INTERNATIONALIZATION OF BRAZILIAN COMPANIES

Autores

  • Fernando Thiago USCS
  • Edson Keyso de Miranda Kubo USCS
  • Denise Gutierrez Castro USCS

DOI:

https://doi.org/10.22293/2179-1376.v11i21.1344

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as falhas de multinacionais brasileiras na realização de Investimento Direto Estrangeiro - IDE, com base nas teorias de internacionalização de empresas. Para que a organização seja considerada internacional, ela precisa ter pelo menos parte seu faturamento provenientes do exterior, como em operações de importação e exportação, licenças, franquias, alianças, joint venture, aquisições de empresas no exterior, implantação de subsidiárias e greenfield. A abordagem utilizada foi a qualitativa por meio das técnicas de pesquisa documental e bibliográfica. Os dados foram coletados de matérias jornalísticas, documentos e relatórios das empresas e artigos científicos. As operações analisadas foram das empresas: O Boticário, Habib´s e WEG. Os dados foram tratados por meio de análise de conteúdo. Verificou-se que as falhas mais frequentes nas organizações analisadas são relacionadas à adaptação de processos, produtos, serviços e observação das leis e normas do mercado de destino. Outra dificuldade verificada foi o pouco incentivo das políticas brasileiras para internacionalização, as que existem estão voltadas mais para as atividades de exportação. Neste aspecto, a internacionalização de empresas pode alçar grandes oportunidades para as organizações brasileiras, mas também grandes ameaças, sugerindo melhor observação dos processos de adaptação local para formulação dos planejamentos estratégicos de internacionalização.

Referências

AMATUCCI, M.; AVRICHIR, I. “Teoria dos negócios internacionais e a entrada de multinacionais no Brasil de 1850 a 2007”. Revista Brasileira de Gestão de Negócios. São Paulo, v. 10, n. 28, p. 234-248, jul./set., 2008.

AZEVEDO, Guilherme. “Brasil e China”. GVExecutivo, São Paulo, v. 50, n. 5, p. 050-055, set/out, 2008.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

BARNEY, J. B. “Firm resources and sustained competitive ad-vantage”. Jounal of Management. Newbury Park, CA, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.

BRASIL. Governo Federal. Termo de referência: internacionalização de empresas brasileiras. Brasília: Gov-erno Federal, 2009.

BUCKLEY, P.; CASSON, M. “Models of the multinacional en-terprise”. Journal of International Business Studies, London, v. 29, n. 1, p. 21-44, 1998.

CALDEIRA, C. “Os desafios da internacionalização: como as empresas portuguesas dão o salto”. Revista Público 500, ed. especial, p. 10-15, 2002.

DIEGUES, S.; BRUNO, L. Eggon João da Silva: ideias e caminhos: a trajetória de um dos fundadores da WEG. Rio de Janeiro: Elsiever, 2009.

EXAME. “Vinte e um anos de erros”. Revista Exame, v. 903, Out., 2007. Acesso em: 24/02/2015, de: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/903.

FUNDAÇÃO DOM CABRAL. Pesquisa sobre a internacionalização da empresa brasileira. Sumário executivo. Belo Horizonte: FDC, 2002.

FUNDAÇÃO DOM CABRAL. Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2017. Belo Horizonte: FDC, 2017.

GARCIA, S. F. A.; LIMA, G. B.; CARVALHO, D. T. “Redes interorganizacionais de cooperação para a internacionalização”. Revista de Gestão de Empresas, v. 17, n. 2, p. 209-224, abr./jun., 2010.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2018.

GOULART, L.; MACHADO, J. B. M.; VEIGA, P. M. Monitoramento do processo de integração do Cone Sul. Acompanhamento trimestral (N° 4). Rio de Janeiro: Funcex, 1995.

GUIMARAES, Sonia Karam; AZAMBUJA, Lucas Rodrigues. “Internacionalização de Micro, Pequenas e Médias Empresas Inovadoras no Brasil: Desafios do novo paradigma de desenvolvimento”. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo , v. 33, n. 97, p. 1-20, 2018. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092018000200507&lng=en&nrm=iso, acesso em 24 de março de 2020. https://doi.org/10.1590/339708/2018.

HYMER, S. H. “The international operations of national firms: a study of direct forein investiment”. Thesis. Cambridge, MA: MIT, 1960.

JOHANSON, J.; VAHLNE, J. E. “The internationalization pro-cess of the firm: a model of knowledge development and increas-ing foreign market commitments”. Journal of International Business Studies. v. 8, n. 1, p. 23-32, 1977.

KOGUT, B.; ZANDER, U. “Knowledge of the firm and the evo-lutionary theory of the multinational corporation”. Jounal of In-ternational Business Studies, Washington, v. 34, n. 6, p. 516-529, 2003.

LUEDERS, D. P.; MATITZ, Q. R. S. “Strategic organizational adaptation under multiple theoretical lenses: study of Weg Be-tween 1961-2013”. Revista Brasileira de Estratégia, v. 9, n. 2, p. 182-197, 2016.

MARIOTTO, F. L. Estratégia Internacional da Empresa. São Paulo: Thomson, 2007.

MELO, G. T. Como, por que e para onde vamos? O caso de internacionalização da WEG. Métodos e Pesquisa em Administração, v. 2, n. 1, p. 37-41, 2017.

MORAIS, S. L. C. “A internacionalização do franchising brasileiro como alternativa de exportação para pequenas e médias empresas”. Pensam. Real., v. 5, n. 11, p. 62-81, 2002.

RIBEIRO, F. C. F.; MELO, P. L. R. “O processo de internacionalização da rede de franquias “O Boticário” no mercado norte-americano”. Facef Pesquisa, v. 10, n. 3, p. 299-308, 2007.

SAES, A. M.; GRANDI, G.; MORAES, F. F. “The internationali-zation of WEG”. Journal of Evolutionary Studies in Business, v. 3, n. 2, p. 57-91, jul.-dez., 2018.

STEL, E. Inovação à Brasileira. GV Executivo, São Paulo. v. 6, n. 1, p. 33-37, jan./fev. 2007.

STOCKER, Fabricio; ABIB, Gustavo. “Gerenciamento de Riscos em Born globals: o caso das Cervejarias Artesanais Brasileiras”. BBR, Braz. Bus. Rev., Vitória, v. 16, n. 4, p. 334-349, Agosto, 2019. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-23862019000400334&lng=en&nrm=iso, acessado em 24 de março de 2020, https://doi.org/10.15728/bbr.2019.16.4.2.

SUEN, A. S. Negociação intercultural: um estudo exploratório. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

UNCTAD. World Investment Report 2006. FDI from develop-ing and transition economies: implications for development. New York: United Nations, 2006.

VERNON, R. “International investiment and international trade in the product cycle”. The Quartely Journal of Economics, Cambridge, v. 80, n. 2, p. 190-207, 1966.

VERNON, R. “The product cycle hypothesis in a new interna-tional environment”. Oxford Bulletin of Economics and Statis-tics. Oxford, v. 41, n. 4, p. 255-267, 1979.

WEG. Conheça os acontecimentos que marcaram a história de sucesso da WEG. s/d. Disponível em https://www.weg.net/institutional/BR/pt/history/timeline, acessado em 19 de março de 2020.

Downloads

Publicado

2020-10-31

Como Citar

Thiago, F., Kubo, E. K. de M., & Castro, D. G. (2020). CASOS DE INSUCESSO EM INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS BRASILEIRAS: CASES OF FAILURE IN INTERNATIONALIZATION OF BRAZILIAN COMPANIES. Caderno De Relações Internacionais, 11(21). https://doi.org/10.22293/2179-1376.v11i21.1344

Edição

Seção

ARTIGOS