A CIDADE SEM EXCLUSÃO: a ocupação artística de estruturas industriais desativadas na área portuária do Rio de Janeiro por grupos artísticos locais

Autores

  • Evelyn Furquim Werneck Lima

Resumo

Interessa discutir neste artigo a conservação das estruturas industriais de enormes dimensões que estão desocupadas ou subocupadas na área portuária do Rio de Janeiro e que constituem exemplares de grande valor cultural, não só pelo sistema construtivo e qualidade estética, mas pela própria construção da significância cultural na história urbana do Rio de Janeiro. Defende-se que os galpões portuários desativados podem vir a representar relevante papel na gestão da conservação do patrimônio industrial carioca, a partir do uso artístico-cultural emergindo da própria região. Ao investigar experiências bem-sucedidas no Brasil e no exterior, a pesquisa examina a proposta de ocupação de antigos prédios industriais com base nas teorias de Henri Lefebvre e Michel de Certeau sobre o “lugar praticado”, adotando, paralelamente, os conceitos de Beatriz Kühl sobre a restauração e a reutilização do patrimônio industrial. A proposta é que tais galpões sejam recuperados e ocupados por grupos artísticos que se formem nas adjacências e que sejam verdadeiramente apropriados pela população local, no sentido de evitar a exclusão social daquela área tão rica em memórias afro-brasileiras e lusas que repercutem nos coletivos de arte.

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Publicado

2022-05-28

Como Citar

Lima, E. F. W. (2022). A CIDADE SEM EXCLUSÃO: a ocupação artística de estruturas industriais desativadas na área portuária do Rio de Janeiro por grupos artísticos locais. ARCHITECTON - Revista De Arquitetura E Urbanismo, 6(10). Recuperado de https://revistas.faculdadedamas.edu.br/index.php/arquitetura/article/view/2336

Edição

Seção

ARTIGOS