CRIANÇAS SOLDADO FORMAÇÃO E ATUAÇÃO NA GUERRA CIVIL DE SERRA LEOA (1991-2002)

Autores

  • MARCELLA PINHO DE FREITAS CONRADO FACULDADE DAMAS DA INSTRUÇÃO CRISTÃ

Resumo

A guerra civil que durou uma década em Serra Leoa ganhou destaque internacionalpelo uso generalizado de crianças soldado, por parte de todos os grupos e forças armadasenvolvidos no conflito. Este trabalho foca no grupo rebelde Frente Revolucionária Unida, porter recrutado o maior número de jovens combatentes, fazendo também uma análise doprocesso de doutrinação e treinamento desses meninos e meninas. Buscando explorar as vidase realidades das crianças envolvidas no conflito, e os diversos papéis que exerceram, oobjetivo deste trabalho é desmistificar as narrativas limitadas da mídia e discurso popularsobre o tema. O conceito de agência é aplicado à experiência dessas crianças e auxilia em umaanálise mais profunda do processo de decisões que crianças soldado precisam passar parasobreviver no contexto de violência em que estão inseridas. Apesar de serem construídas ediscutidas em uma lógica de extremos, seja a de vítimas ou perpetradoras, na realidade, asvidas, experiências e identidades dessas crianças militarizadas recaem em zonas ambíguas eparadoxais que envolvem mais de uma lógica. Aspectos importantes também presentes nestetrabalho, são os do uso de crianças como tática militar, o que auxilia na compreensão dosfatores que influenciam um grupo ou força armada a incorporar crianças em suas fileiras, e adinâmica das meninas soldado, atores que merecem maior atenção devido a suas experiênciasúnicas na guerra. O aspecto mais importante dessa pesquisa foi a de obter uma visão maisaprofundada da realidade de crianças soldado, utilizando o contexto do conflito em SerraLeoa como referência.

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Publicado

2022-04-07

Como Citar

CONRADO, M. P. D. F. . (2022). CRIANÇAS SOLDADO FORMAÇÃO E ATUAÇÃO NA GUERRA CIVIL DE SERRA LEOA (1991-2002). Portal De Trabalhos Acadêmicos, 8(2). Recuperado de https://revistas.faculdadedamas.edu.br/index.php/academico/article/view/2189

Edição

Seção

RELAÇÕES INTERNACIONAIS